Fotos de cenas do grupo de Teatro ManiCômicos
de São João Del Rey/MG com a peça
Casamento Russo/ União Soviética
Quando eu era criança eu dançava, interpretava, escrevia, pintava, desenhava...
Desenhava em todas as superfícies possíveis, inclusive nas paredes, alguns lugares aprovados outros nem tanto, (quando me tornei mãe, deixei que os meu filhos desenhassem na parede do quatro deles, amei dar essa liberdade a eles, por sinal eu morri de dó de pintar e apagar quando eles cresceram).
Eu sempre respirei Arte. Fazia Arte de tudo quanto era jeito e possibilidade em casa e na escola.
Nunca comprei um cartão, fiz todos.
Fazia roupas de bonecas e mais tarde para mim mesma, com fita crepe e grampeador. KKKKKKKK
Dava de presente aos meus pais e aos amigos deles peças de teatro que eu escrevia e atuava e forçava os meus irmãos a atuarem comigo, eles odiavam! KKKKKKK
Minha infância e adolescência foram recheadas de cores e músicas.
Pra quem é leitor do blog já deve saber que minha mãe morreu quando eu tinha apenas 15 anos de idade, minha Arte morreu junto.
Eu não tinha mais para quem mostrar, quem agradar, para quem me exibir... Eu nem tinha mais alegria de colorir ou interpretar!
Parei de criar, só nunca parei de ler, que de certa forma foi o que nutriu minha alma de artista
Mais tarde, bem mais tarde, fiz vestibular para Direito e passei na Federal de primeira! Mas não dei conta! Não era para mim.
Larguei o respeitável curso de Direito e fui fazer Belas Artes.
E foi justamente a Arte que me eu novamente a alegria de viver.
Anos depois a maternidade, a chegada do Nicolas e do Kevin na minha vida preencheram o meu coração. E eu voltei não só a desenhar e a colorir como comecei a pintar.
Esse fim de semana mágico em Tiradentes ver esse atores tão jovens brilhando com tamanha beleza, competência e energia me instigou novamente a acreditar que no poder libertador da Arte.
No post anterior eu contei que foi uma surpresa...
Duas aliás... A peça em si, porque eu estou descrente com o teatro em Minas Gerais. E a tão pouca idade de artistas tão competentes.
Quem não me conhece pode perguntar, porquê, praquê?
Registrar no blog e não bastava apenas uma vez? Um post?!
Gente, eu não estou sendo gentil com os garotos, posso chama-los assim meninos? Eu não estou fazendo favor nem caridade.
Eu apenas estou apaixonada!
E não é assim a paixão? Ela te sufoca se não for vivida, ela se faz presente o tempo todo. Ela é soberana, ela quer toda nossa atenção e empolgação.
E estou assim... Apaixonada, e a paixão pela Arte é assim, ela aguça os sentidos e desperta tudo em você.
O jantar depois da peça foi muito, muito mais agradável.
A leveza que eu andava depois pelas ruas geladas da cidade depois da peça foi outra, não acredita em mim? Experimenta então pra você ver... Arte é altamente sensorial seja qual linguagem for.
Arte... arte...ArTe... ArTE... arTE... ArtE.. artE... ARTE!
Eu me emociono, eu sinto meu sangue nas minhas veias...
Diante de cenas de uma peça como essa... Exposições... Músicas...
Esta aqui em Bh a exposição Caravaggio... Dá pra imaginar?!
Vamos?
Eles ainda têm um projeto chamado "Arte por toda parte"
Lindos! Vivos! Apaixonante!
Personagens Principais:
Noiva: Agáfia Tíkhonovna (Ana Maria Malta)
Noivo: Podkolióssin (Weverton Andrade)
Criado do noivo: Stiépan (Marijara Nery)
Amigo do noivo: Illiáh Kotchkarióv (Talles Ramon)
Casamenteira: Fiókla Ivanovna (Priscila Natany)
Tia da noiva: Arina (Madu Avelar)
Essa cena abaixo, eu a chamo de cena do chá, que é a minha preferida, onde a Fiókla Ivanovna se "multiplica" e se torna quatro! Ao aceitar o convite para um café... Uma com o pires, outra com a xícara, outra com a colherzinha e a outra como o saquinho do café na mão!!! Para mim é perfeita!
Mais perfeita e empolgante que qualquer cena de efeito especial do filme Matrix, é impecável, alguem ter uma idéia dessas!
Contando a assim, pode parecer simples, mas não mesmo!
É uma grande e inteligente sacada! Fora a beleza da cena.
Beijos
Gisele