sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lição de vida

Li os dois livros.
Durante uma viagem, no trajeto de carro de BH ao Rio, com duas amigas.
Peguei o livro para ler, entre outros, na biblioteca da Shazadi.
Foi uma leitura indignada, cheia de emoções e lágrimas...
Li o livro todo durante o trajeto,
em voz alta para minhas amigas Fátima e Elane.
Ambas casadas e super mães como eu.
Fomos lendo e comentado indignadas durante a viagem.

É uma historia triste, cheia de detalhes sórdidos.
Nojenta.
Em alguns momentos tive vontade de vomitar.
Não vou ver o filme.
Aposto que será romanceado, instigante e emocionante.
Provavelmente instigará muitas jovens a ir por esse caminho.
Acreditando ser um projeto de vida com data e valores como projeto profissional.
A TV, o cinema e a mídia muitas vezes na intenção

ou "pseudo intenção" de minimizar preconceitos
acaba fazendo apologia a determinados comportamentos tidos como "normais".
Não é não!

A maior lição que tirei foi como mãe.
E aconselho aos pais a lerem...
Se não conseguir emprestado,
compre e depois dê para alguém,
que por sua vez dará a outro alguém.
Leiam e dêem o livro para que alguém possa aprender com ele.
Não é um livro que valha a pena ser guardado.
Meu coração de mãe pingou sangue e meus olhos derramaram lágrimas.

A minha lição como mãe foi:
L I M I T E !
Limite!
Não foi a adoção, a revolta, as drogas ou o fascínio do gueto
o qualquer outra questão que transformou uma menina num monstro.
Um monstro venenoso.
Como um escorpião mesmo!
Ela, desde muito cedo, fez o que quis, como, quando e com quem quis.
Se drogou, mentiu e manipulou.
Tudo isso ainda na infância e na adolescência.
E os pais não viram.
Não viram!
Ficaram surpresos quando souberam de tudo!
Deus! em que mundo esse pais estavam?!
Não, eles não viram!
Que tipo de família é essa,
que tais cosia acontecem numa casa com uma garota e ninguém vê,
ou finge que não vê.

Porque, gente, educar dá um trabalho do cão.
Esses pais não se deram ao trabalho, não educaram, não amaram.
Porque a gente ama muito mais quando diz não do que quando diz sim
Não deram absolutamente nenhum limite, não repreenderam,
não falaram NÃO.




A segunda lição foi como mulher.
Não menos dolorida quanto a lição da mãe!
E eu mal sabia que durante essa viagem.
Simultânea a leitura do livro, a minha vida mudava.
Minha vida vinha mudando debaixo dos meus olhos.
E demorei e ver.
Demorei a acreditar!
Sério!
Não tá feliz? Vai embora. Separa cara!

Termina o casamento e faz o que quiser da sua vida e do seu corpo.
Mas casado...
Um clássico contemporâneo!
Homens mais velhos, na faixa dos 40, e imaturos.
Que entram na faculdade tardiamente, e não aos 18 como deveriam.
Na sua grande maioria, estão lá para se divertir.
O álibi perfeito para sair sozinho e se lançar no mundão.
Aula a noite, depois do trabalho, de segunda a sexta pelo menos até as 23hs.
E muitas "menininhas", garotas de programa (puta mesmo)
estão lá em terreno fértil, na caça de clientes fáceis.
E as que se intitulam "não putas", atrás de diversão inconsequente!
Historais como essas, não são as primeiras nem serão as últimas!
É bem mais comum do que se imagina.
Uma mulher, que sai com um cara casado de aliança na mão é o que?
Elas sabem onde estão "se metendo".
Literalmente!

Por trás de uma aliança, qualquer um sabe que tem uma mulher e uma família.
Geralmente existem crianças.
E são tantas lágrimas e não só dos adultos,
o que é pior, lágrimas dos filhos!

Enfim...
O livro da Samantha, uma mulher linda e jovem e suas duas filhinhas.
E uma marido que sai as três da manhã enquanto a família dormia
para se encontrar com uma prostituta.
Muito, muito triste e vergonhoso.
E que se encanta com a vagabunda e larga a esposa,
destrói a própria família por causa de um tipo como esse.
Imagino a Samantha tendo que permitir que as filhas
passem fins de semana com o pai em companhia de uma prostituta.
PQP!!!!!!!!!!

Na minha opinião, sexo pago, é desequilíbrio.
Para ambos...
Quem paga e quem recebe. E me refiro a todo e qualquer tipo de pagamento.
Puro desequilíbrio e convenhamos, falta de competência.
Pura falta de competência.
Não há sexualidade ruim num casamento que justifique a traição e a prostituição.


Tá ruim? Sarta fora!
Mesmo porque na maioria dos casos não é nem a sexualidade ruim.
Que leva muitos homens a esse caminho sem volta.
E sim, imaturidade, a fantasia, adiversão incosequente e a variedade...
Só os imaturos mesmo.
Meu psicólogo compara a sexualidade com as drogas.
O sujeito começa com a maconha, cocaína, crack...
E Depois disso nem muita maconha dopa o sujeito viciado em crack.
A promiscuidade a permissividade e o gueto da sexualidade
são altamente excitantes para muitas pessoas.


Depois de provar do veneno de um escorpião, muito difícil, quase impossível o cara ser monogâmico de novo e ser feliz envelhecendo dia-a-dia com um mulher. E reconhecer que ele também envelhece, comparam a mulher as gostosas de 20 anos de idade. Principalmente se a juventude já passou... E passa pra todo mundo, e as jovens putas se acham imortais, acima do bem e do mal, em seus corpos esculturais, seus cabelos esvoaçantes e suas marquinhas de ínfimos biquínis! Quando passar é phoda!


Quando se tem só isso, tá ferrada darling!


E tem o clássico sexo com mais mulheres e as casa de suingue. O livro é rico em detalhes dessa ordem que encantar os caras imaturos e desequilibrados.
Nem todas as fantasias devem ser realizadas e irem para o âmbito do real.
O próprio nome diz: Fantasia!
Muitas são realizáveis, inofensivas e deliciosas.
Mas quando entra no âmbito de mais duas pessoas e prostituição!

Dança!
Não tem cabeça que dê conta.
Nem da puta, que um a dia pira!
Ah, se pira!

Bom, vou parar por aqui.
Indico o livro e boicoto o filme por dois motivos:
Apologia a prostituição para meninas.
Grana pra Puta e pro canalha que hoje vive com ela.

Bom, é isso!
Gisele

6 comentários:

  1. Adorei seu desabafo!!!
    Indiquei esse post no meu twitter!
    Beijos

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  2. Samantha
    A sua história, a minha história e a de outras tantas se repetem todos os dias...
    Tomara que as outras mulheres tenham a competência que tivemos, e temos, de dar a volta por cima com dignidade.
    E ainda por cima, a sorte de encontrar pessoas como o seu Marcelo e o meu Gustavo.
    BJS

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  3. oi gisele
    tudo bem?
    acho que esse texto merece atenção especial, pois esse mundo está doido demais, e a gente que está numa sala de aula a cada dia se espanta mais...
    esse lado under da sexualidade está cada vez mais e mais, parece que existe um modismo, onde tudo vale, a vida imediata, que só existe nesse momento.
    vivenciei algumas situações ao longo da vida e mais recentemente, que me fizeram buscar entender um pouco mais sobre o que se passa no abismo humano que toca na sexualidade e pesquisando, acabei comprando um livro que recomendo: " o sexo e a psique" do psiquiatra inglês brett kahr, uma pesquisa minuciosa e de rigorosa metodologia sobre as fantasias sexuais e suas naturezas diversas, um passeio instigante acerca desse vasto mundo velado. uma leitura que elucida o que nossa imaginação revela sobre nós mesmos.
    pelo que vi aqui no seu blog você está numa nova fase, e muito boa por sinal, o que prova que depois da tempestade sempre há a bonança.
    bjo no coração

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  4. Ei Alice,
    Que honra um comentário seu....
    Olha, tá muito pirado mesmo, Triste!
    Nós que somos pais e educadores vemos as coisas acontecerem dia-a-dia nas salas de aula em nossas casas.
    Hj a TV a cabo e a internet tem que ser vigiada com olhso de lince. Como eu disse, com a desculpa de abolir preconceitos, a TV vem sorrateiramente fazendo apologia a determinados comportamentos e atitudes considerando tudo banal, tudo normal, tudo moderninho.
    E aí não tem mais a magia no simples na descoberta lenta da sexualidade, de um porre homérico que lembramos com gargalhadas por toda a vida. Um conhcido de uma um conhecido que se perdeu nas dorgas...
    Pode tudo, de cara! Cedo!
    Bebe-se muito e muito cedo.
    Transa-se muito e muito cedo.
    Experimenta-se de tudo, muito e muito cedo.
    O que fica?
    O que sobra?
    BJS

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  5. Gi,li o blog...tudo que escreves é muito lindo..me toca muito...
    Mas esse texto sobre a Bruna Surfistinha tem que ser publicado num jornal...que coisa mais linda...de arrepiar...Parabéns.........te adoro...te admiro...
    Marcia

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    Respostas
    1. Marcia, obrigada pelo elogio, mas é uma beleza que anda junto com uma profunda tristeza, que é a de muitas mulheres, e eu que nunca imaginava, me vi vivendo a mesma história, e o mais incrivel são os e-mails que recebo, com verdadeiras declarações der carinho contando seus processos de libertação a partir de textos como o meu...
      BJS

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